Se você quer saber como fazer uma fossa séptica segura, eficiente e durável, uma das melhores opções é construí-la com blocos de concreto.
Esse tipo de estrutura garante resistência, boa vedação e longa vida útil ao sistema, ao mesmo tempo em que ajuda a tratar corretamente o esgoto em locais sem rede coletora.
Continue a leitura e entenda tudo sobre o assunto!
A fossa séptica é uma unidade de tratamento primário para esgotos domésticos, essencial onde não existe rede coletora.
Enterrada, recebe dejetos e águas imundas, retém a parte sólida e inicia o tratamento biológico.
Assim, evita que efluentes sejam lançados diretamente em rios, lagos, nascentes ou no solo, medida fundamental no combate a doenças, verminoses e endemias.
Ao todo, os dejetos jogados na fossa séptica passam por 4 etapas no total: recebimento e retenção, ação bacteriana, separação em fases e redução de contaminantes. Entenda:
A fossa tem volume projetado para que os líquidos passem lentamente, enquanto o lodo se acumula.
O esgoto sofre degradação por bactérias no interior do tanque.
Uma fossa bem projetada reduz coliformes, graxas/gorduras e sólidos em suspensão.
Águas servidas (ex.: lavatório) e águas pluviais não devem ser lançadas, pois sabões/detergentes prejudicam o processo biológico e a operação.
Somente águas imundas (com excrementos) entram na fossa.
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O sistema individual de fossa séptica deve ser feito apenas em locais sem rede pública de esgoto.
Antes, você deve verificar com o órgão de saneamento sobre diretrizes locais e possibilidade de futura ligação à rede.
Para não contaminar outros locais, é preciso construir a fossa séptica a uma certa distância de outros elementos, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Veja:
| Componente | Afastamento Mínimo / Recomendado | Condições e Observações |
| Moradia | 4 metros (recomendado) | O sistema não deve ficar muito perto (para evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas). Deve ser construída em um nível mais baixo do terreno. |
| Fontes de Captação de Água | 30 metros (no mínimo) | Essencial para evitar contaminações no caso de um eventual vazamento. O efluente não deve contaminar a água de poço. |
| Rede Pública de Abastecimento de Água | 3,0 metros | Deve ser obedecido para qualquer ponto da rede pública de abastecimento de água. |
| Árvores | 3,0 metros | Afastamento mínimo obrigatório. |
| Caixa de Inspeção (ou Caixa de Passagem) | 2 metros (cerca de) | Construída antes da fossa, serve para manutenção e facilita o desentupimento. |
| Fossa Séptica | 3 metros (cerca de) | A escavação do sumidouro deve começar a cerca de 3 m da fossa séptica e em um nível um pouco mais baixo, facilitando o escoamento dos efluentes por gravidade. |
| Distância entre Múltiplos Sumidouros | Não inferior a 6 metros | A distância recomendada (“D”) é equivalente a três vezes o diâmetro interno do sumidouro. Deve ser construído em local afastado um do outro. |
Os itens a seguir são importantes ter em mente antes de fazer a fossa séptica:
O efluente não pode contaminar poços, hortas ou cursos d’água. A destinação depende do solo e do lençol freático, sempre conforme orientação/autorizações do órgão competente:
Optar por uma fossa séptica construída com blocos de concreto traz uma série de vantagens estruturais, operacionais e econômicas, especialmente para quem busca um sistema durável e de baixa manutenção.
Veja a seguir os principais motivos para escolher essa solução:
Os blocos de concreto oferecem grande robustez, suportando pressões do solo, variações climáticas e movimentações naturais do terreno.
Isso garante uma vida útil prolongada à instalação e reduz drasticamente o risco de infiltrações ou rupturas.
Quando bem assentados, revestidos e impermeabilizados, os blocos proporcionam excelente vedação.
Esta característica é fundamental, pois reduz o risco de vazamentos e a consequente contaminação do solo ou das águas subterrâneas.
A fossa feita com blocos pode ser adaptada ao espaço disponível, ao formato desejado (retangular ou circular) e ao volume necessário.
Essa flexibilidade facilita o dimensionamento preciso da capacidade do sistema, ajustando-o para diferentes quantidades de usuários e condições específicas do terreno.
Por permitir a construção de câmaras, chicanas (placas de separação) e tampas de inspeção com medidas personalizadas, a fossa de blocos favorece o acesso ao interior do sistema para a remoção de lodo e eventuais reparos. Isso torna a manutenção mais prática e menos onerosa.
Comparada a alternativas pré-moldadas ou em materiais especiais, a construção com blocos de concreto costuma apresentar um menor custo inicial, mantendo uma ótima resistência e eficiência. É uma solução acessível e durável para áreas sem rede coletora de esgoto.
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Blocos de concreto, argamassas e acessórios em PVC são materiais facilmente encontrados no mercado. Além disso, a execução da obra pode ser realizada por profissionais da construção civil com conhecimento em alvenaria estrutural e impermeabilização.
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Confira a seguir as 3 etapas de como fazer a fossa séptica com bloco de concreto!
O que você precisa é confirmar a necessidade, usar o sistema somente onde não há rede pública e consultar o órgão de saneamento sobre a futura possibilidade de ligação.
Em seguida, verificar qual é o volume necessário conforme o número de pessoas. Lembrando que a fossa séptica com bloco de concreto nunca deve ser menor do que 1.000 L. Por fim, escolher o local que atenda aos critérios de implantação (citados acima).
Construa a caixa de inspeção (passagem) antes da fossa (ex.: 60×60×50 cm; ~2 m da casa) para manutenção.
Em seguida, passe para a fase de escavação, base e paredes onde você deve:
Faça a separação de câmaras e cobertura
O sumidouro deve ser construído aproximadamente a 3 metros da fossa, em nível mais baixo (escoamento por gravidade). Em seguida, é preciso criar:
Separamos aqui as perguntas mais comuns sobre a estrutura. Confira:
O que é fossa séptica?
A fossa séptica é uma unidade de tratamento primário de esgotos domésticos usada em locais sem rede coletora, funcionando como um tanque enterrado que recebe dejetos e águas imundas, retém os sólidos, inicia o tratamento biológico e impede que efluentes contaminados sejam despejados diretamente no solo.
Como funciona a fossa séptica?
O funcionamento ocorre em quatro etapas: primeiro os dejetos são recebidos e a parte sólida fica retida; em seguida, bactérias degradam o material orgânico; depois acontece a separação do conteúdo em lodo, escuma e fase líquida; e por fim há redução de contaminantes, permitindo que o efluente siga para o sumidouro ou outra estrutura complementar.
Qual a diferença entre fossa séptica e fossa rudimentar?
A fossa séptica é construída seguindo critérios técnicos, possui câmaras, dispositivos de entrada e saída, retentores de escuma, impermeabilização e tratamento biológico adequado. Já a fossa rudimentar é um buraco simples no solo, sem vedação, sem tratamento e sem controle sanitário, permitindo infiltração direta de dejetos, oferecendo riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Como fazer uma fossa séptica?
Começa-se pelo planejamento (confirmando a necessidade, dimensionando o volume e escolhendo um local adequado) e depois pela construção (que inclui caixa de inspeção, escavação, laje de fundo em concreto armado, paredes em blocos de concreto, revestimento, impermeabilização, instalação de tubos e chicanas, além da tampa de concreto). Por fim, constrói-se o sumidouro ou outra estrutura para o destino do efluente.
Qual a profundidade de uma fossa séptica?
A profundidade depende do dimensionamento da capacidade necessária e das condições do terreno, mas considera-se a altura total resultante da soma da laje de fundo, paredes em blocos de concreto e da tampa, sempre respeitando o volume mínimo de 1.000 L e garantindo que a instalação fique enterrada e localizada em nível mais baixo que a moradia para favorecer o escoamento por gravidade.
Quanto custa uma fossa séptica?
O custo varia conforme o volume, solo, mão de obra e materiais utilizados, mas as fossas construídas com blocos de concreto tendem a ter melhor custo-benefício, já que os materiais são acessíveis, amplamente disponíveis e oferecem excelente durabilidade, segurança e economia em manutenção.
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