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NBR 16416: tudo sobre a norma ABNT para pavimentos permeáveis de concreto

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Os pavimentos permeáveis representam uma inovação na pavimentação e permitem a infiltração da água da chuva. No Brasil, a norma técnica NBR 16416, estabelecida pela ABNT, define os requisitos e métodos de ensaio para esses pavimentos.

Neste post, iremos explorar os principais pontos desta norma. Vamos abordar desde os materiais necessários e o projeto do pavimento até a execução, manutenção, testes e critérios de aceitação. Leia o artigo completo!

O que são pavimentos permeáveis?

Os pavimentos permeáveis, além de suportar o tráfego de pedestres e veículos, são projetados para permitir que a água da chuva infiltre-se através de sua superfície. Assim, reduz-se o escoamento superficial e contribui para a recarga dos lençóis freáticos.

O que é a norma NBR 16416?

A NBR 16416 é uma norma técnica brasileira estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que especifica os requisitos e métodos de ensaio para pavimentos permeáveis de concreto.

– Leia também: NBR 9050: tudo sobre a norma ABNT para construção de calçadas de concreto

O que é abordado na NBR 16416?

A seguir, você vai ver em detalhes os principais pontos abordados pela norma NBR 16416:

1. Materiais abordados na NBR 16416

O concreto deve possuir características específicas que permitam a passagem de água. Além disso, deve atender aos requisitos de resistência mecânica e durabilidade. Veja em detalhes:

  • Baixa relação água-cimento: para garantir que o concreto tenha os espaços vazios necessários para permitir a passagem da água, ou seja, menos pasta de cimento, o que resulta em mais porosidade;
  • Agregados de concreto de tamanho específico: uso de pedras ou pedriscos de mesmo tamanho para permitir a passagem da água da chuva. Geralmente, são utilizados agregados grossos para criar uma estrutura aberta. A ausência ou a quantidade mínima de finos (como areia) nos agregados contribui para a formação de vazios no concreto;
  • Aditivos e fibras: para ajudar a melhorar a resistência e a durabilidade mantendo a sua permeabilidade. Estes aditivos podem melhorar a distribuição dos poros;
  • Espessura e compactação cuidadosa: elas devem ser ajustadas para garantir que a porosidade não comprometa a resistência estrutural. Uma compactação excessiva pode reduzir os espaços vazios diminuindo a permeabilidade;
  • A mistura e especificação correta: envolve a dosagem adequada de cada componente e a homogeneização da mistura para garantir que as propriedades desejadas sejam uniformemente distribuídas em todo o concreto.

2. Projeto do pavimento

Saiba o que o projeto deve levar em conta para assegurar sua eficácia, segundo a NBR 16416:

  • Topografia e drenagem natural: identifique áreas de acúmulo de água e garanta que o pavimento seja projetado para direcionar naturalmente o escoamento dela para áreas adequadas de drenagem;
  • Tipo de solo: considere as características do solo onde o pavimento será instalado, pois diferentes tipos de solo têm diferentes capacidades de absorção de água;
  • Tipo e intensidade de tráfego: isso influenciará a seleção dos materiais e a espessura do pavimento para garantir sua durabilidade e capacidade de suportar as cargas aplicadas;
  • Camada de base e sub-base: deve especificar adequadamente para fornecer suporte estrutural adequado e promover a drenagem eficiente da água;
  • Sistemas de drenagem integrados (como canaletas ou ralos): para lidar com volumes excessivos de água ou situações onde a drenagem natural não é suficiente;
  • Considerações ambientais e estéticas: preservação de áreas verdes, habitats naturais e aspectos estéticos para garantir que o pavimento permeável se integre harmoniosamente ao ambiente.

3. Execução

A NBR 16416 detalha os procedimentos para a instalação correta do pavimento permeável, como:

  • Preparação do local: remova qualquer vegetação, faça a limpeza da área para garantir uma superfície uniforme, verifique e corrija quaisquer irregularidades no terreno para garantir uma base sólida e nivelada para o pavimento;
  • Nivelamento e alinhamento: os blocos devem ser assentados para ficarem nivelados e alinhados corretamente;
  • Espaçamento entre blocos: é importante seguir as recomendações do fabricante, porque um espaçamento adequado garante a estabilidade do pavimento e permite que a água da chuva se infiltre livremente;
  • Padrão de assentamento: existem vários como o padrão de juntas desencontradas e em escama de peixe. É importante seguir as orientações do fabricante para escolher o mais adequado;
  • Manutenção dos vazios: durante a colocação dos blocos, garanta que os vazios entre eles permaneçam livres de acúmulo de material solto ou detritos.

– Leia também: Instalação de piso intertravado em JF: como funciona, quem faz e preços do serviço

4. Manutenção

A NBR 16416 traz algumas orientações para garantir que o pavimento permeável mantenha sua eficiência ao longo do tempo:

  • Limpeza regular: para remover folhas, galhos, sujeira e outros resíduos que possam obstruir os poros dos blocos;
  • Inspeções periódicas: para verificar sinais de danos estruturais, como trincas, afundamentos ou deslocamentos de blocos. Além disso, é importante verificar a eficiência da drenagem, observando se há acumulação de água ou obstruções nos vazios entre os blocos;
  • Ações corretivas: com base nas inspeções, devem ser realizados reparos de danos, reposicionamento de blocos deslocados, limpeza mais profunda para remover detritos persistentes, etc.

– Leia também: Manutenção de pisos intertravados: Dicas da HR Premo para um cuidado eficaz

5. Testes e ensaios

A norma NBR 16416 estabelece métodos específicos para determinar a sua capacidade de permitir a passagem da água. Além de ensaios para verificar se os materiais atendem às especificações de resistência mecânica e durabilidade estabelecidas.

  • Permeabilidade do pavimento: um dos testes comuns é medir a taxa de infiltração com equipamentos adequados para simular condições de chuva e medir a rapidez com que a água é absorvida;
  • Resistência dos materiais: testes de compressão para avaliar a resistência à carga, verificar a capacidade de suportar esforços de flexão e testes de resistência ao desgaste para avaliar a durabilidade dos materiais ao longo do tempo.

– Leia também: Slump test: entenda como funciona a técnica que avalia a consistência do concreto

6. Critérios de aceitação

Estabelece os padrões que os pavimentos permeáveis de concreto devem cumprir para ser considerados conforme a norma, como:

  • Eficiência na drenagem: capacidade do pavimento escoar a água da chuva ao permitir que ela se infiltre através dele e seja adequadamente drenada para o solo. Para atender a esse critério, o pavimento permeável deve ter uma taxa adequada de infiltração de água e uma drenagem eficiente, minimizando o acúmulo na superfície do pavimento e prevenindo problemas de inundação ou erosão;
  • Resistência e durabilidade: além da eficiência na drenagem, os pavimentos permeáveis também devem atender a requisitos de resistência e durabilidade. Isso se refere à capacidade do pavimento de suportar as cargas previstas, como o tráfego de veículos e pedestres, sem sofrer danos significativos.

Qual é a taxa de permeabilidade do piso drenante?

A taxa de permeabilidade do piso drenante pode variar dependendo de diversos fatores, incluindo o tipo de material utilizado, o espaçamento entre os blocos, a compactação do solo subjacente, entre outros.

Geralmente, espera-se que um piso drenante tenha uma alta taxa de permeabilidade, permitindo que a água da chuva se infiltre através do pavimento e seja drenada para o solo de forma eficiente.

Qual é a porcentagem de permeabilidade do paver?

A porcentagem de permeabilidade do paver também pode variar dependendo de fatores como: tipo de material, geometria dos blocos e características do solo. Geralmente, eles são projetados para ter uma boa porcentagem.

– Leia também: NBR 6118: tudo sobre a norma ABNT para projetos de estruturas de concreto

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Hamilton Bandeira

Sócio e Gerente Geral da HR Premo. Engenheiro formado pelo Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IFSEMG), possui mais de 7 anos de experiência na área, destacando-se pela sua expertise em projetos complexos e gestão de equipes técnicas. LinkedIn: @hbengenhariamecatronica

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